Eu, o unicórnio e a morte que espreita a todos
O fim quando se apresenta
É o solene sono que vem
Eu barganho, ganho tempo
Enrolo como ninguém.
Marco dia e hora pro encontro
Já sabendo que não vou.
Viver não cabe em uma só vida
Só sabe disso quem amou.
Quem dera mais juventude
Quem dera não houvesse fim
Essa sonho que nos apegamos
Essa vida que há em mim!
Corro em meu unicórnio
Salto nuvens, ganho o mundo!
Tanta coisa pra viver
Sentir em cada segundo!
Viver e girar nessa terra
Um dia semear o chão
Com minha carne e sonhos
Em um grande caixão.
Até que chegue esse dia
Que viro adubo e semente
e flores que brotam na cova
perfumadas eternamente!
Autor Fernando Reis
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