O ASTRONAUTA - PARTE I
Quando abriu os olhos, os raios do sol quase o cegaram, virou o rosto em direção ao chão, sentiu que era pedrogoso, porque fez atrito com o capacete. Olhou novamente pro céu, os filtros da tela do capacete já estavam ativados. Tentou sentar-se no chão, não conseguiu. Revirava-se com esse intuito e seu corpo pateticamente não obedecia. Não tinha perdido o movimento, era simplesmente uma dor gigantesca. Cada osso dele estava quebrado e a dor era mais forte que a vontade de sentar-se. Quando a dor diminuiu, tentou compassar a respiração, fazendo longas expiradas, semicerrou os olhos para tentar ver o estado em que se encontrava. A capsula estava bem ao seu lado a poucos metros, completamente destruída, o impacto da queda a transformou em um monte de ferro retorcido e queimado. Como podia ter sobrevivido a queda e a explosão, questionou-se. Quanto tempo ficara ali desarcodado. Puxou o braço esquerdo, parecia que estava inteiro, só a mão não respondia aos comandos e estava visivelme...