A Juliana Martins A estrela era um pequeno ponto brilhante no céu, perdida entre outras milhares que cintilavam. Sem motivo aparente, começou a aumentar de tamanho, a brilhar cada vez mais intenso, a medida que o brilho se intensificava, ela engolia outras centenas ao redor. Agigantou-se, tomou o céu, era tudo ao seu redor. Não havia chão, não havia horizonte, nada se conseguia diferenciar. Uma trombeta soou, as reverberações daquele som trazia uma nota de medo e desamparo. A luz foi dando lugar a gotas de orvalho, as gotas viravam rios, os rios viravam mares bravios. Gritos desesperados rompiam nas águas. Gritos, pedidos de misericórdia. Duzentos anjos sentinelas olhavam consternados seus milhares de filhos suplicando por suas vidas. Não havia mais luz, só escuridão, furacões, mares bravios e cadáveres por toda parte. Cairu desperta daquele pesadelo, imediatamente. Uma mensagem, pensou.O gigante ajoelha-se e ora ao criador, chora copiosamente, clama pelo perdão por se...