MEMÓRIAS DE FERNANDO REIS

Cruzei a via expressa a 120 km em minha Harley Davidson, meu corcel negro. Senti um cheiro de algo queimando, a motocicleta perdeu força e estancou. Pane elétrica, estava no meio da via expressa, eram 19 horas. Os carros passavam diante de mim, buzinavam, motoristas diziam, Ei Fernando! Tchauzinhos! O fato é que ninguém parava pra me ajudar. A via expressa não é lugar pra ficar de bobeira a noite. Nessas horas a gente percebe que fama não vale muita coisa, principalmente se for de rede social. Ligava e ninguém que pudesse me ajudar atendia. Alguém me manda um sms, lindo acabei de te ver na via Expressa, pensei em parar em te ajudar, mas não deu. Leio aquilo e penso, foda-se! Quando tudo parece perdido, a providência divina se manifesta. Um ilustre desconhecido, um trabalhador humilde, sem redes sociais, para e me oferece ajuda.

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