Blog do escritor Fernando Reis

Chuvas molham o chão da morte, rompe a vida agiganta-se o grão. Cheiro de frescor nas pétalas da cerejeira dadas a um amor o sapo e seu coacho esconde-se do inverno na árvore (embaixo)

A lingua que me difama Enche a taça de veneno que escorre de sua boca fedida. O dedo que me acusa Aponta pra mim Disfarça sua própria ferida. Não me conhece Não sabes ao certo quem de fato eu sou. A medida pra julgar É a carga interna podre da alma de quem me julgou.

Há sempre alguém querendo te foder sem ser na cama. N ão adianta educação Não adianta diplomacia Com essas pessoas. Não perca tempo tentando convencê-las A mudar a forma como te enxergam É pura perda de tempo. se puder fique longe delas em distância segura pra não respirar a podridão que exalam.

U m homem quando chora lava o coração triste com a lágrima que escorre pelo rosto, quebra o silêncio de quem sofre calado, desata dor abafada em um nó de garganta. Erga a cabeça prossiga em passos largos, firmes a sorte não abandona a alma de quem tem coragem.

Eu escutei teu chamado Eu vi teu bailar de ondas Eu senti o cheiro de maresia A maré cresceu Inundou onde tava seco Corais, algas, mariscos, peixinhos dourados Teu rabo de sereia me puxando Tão fundo Que teu corpo virou meu mar Correnteza forte Águas quentes Agora que me chamaste pra tuas águas Agora que me perco em teu redemoinho Agora que sabes os mantras Quem resiste a maré que chama?

TODA VEZ QUE ME OFERTAM ESSA LUCIDEZ QUESTIONÁVEL EU PENSO EM UMA MANEIRA DE MANTER OS JARDINS FLORIDOS OS BALÕES DE NUVENS COLORIDAS, MEU SOL SORRIDENTE É QUE ALGUMAS PESSOAS NÃO NASCERAM PRA SE ENCAIXAREM EM UM PROJETO FEITO PRA OUTRA VIDA SOMOS PÁSSAROS QUE TOCAM OS CÉUS COM SUAS ASAS INFINITAS ESSAS CANÇÕES NÃO EMBALAM OS CORAÇÕES DAQUELES QUE SE RENDERAM A MESMICE DAS OBRIGAÇÕES DIÁRIAS ATÉ MORRER DE VELHICE E CANSAÇO COM A BOCA FUNDA. A VERDADE É QUE EM NOSSOS SONHOS VIVEMOS UMA DIMENSÃO DE IDEIAS NA BUSCA MÁGICA PELA PALAVRA SAGRADA SÓ TE PEÇO QUE DEIXE BEM DISTANTE DE MIM ESSA PROPOSTA DE VIDA LIMITADA E PEQUENA ISSO NÃO CABE EM UM PEDAÇO DE NADA DO BRILHO QUE SAI DE MINHA ALMA PODE FICAR LAMENTANDO, NO FUNDO TUA ALMA QUER SER LIBERTA IGUAL A MINHA. SOLETRAR O VENTO E O VÔO EM UMA SÓ PALAVRA. AUTOR: Fernando Reis.